A tecnologia vem transformando absolutamente tudo ao nosso redor. A forma como nos comunicamos, o jeito de consumir conteúdo, o compartilhamento de histórias diárias e, claro, a forma como conhecemos artistas e ouvimos músicas.

Grande parte das inovações mais recentes está voltada para o mercado de entretenimento. Música, filme, fotografia, turismo etc. Tudo se modificou para dar mais possibilidades ao consumidor e abrir novos horizontes para os produtores.

Essas mudanças são alimentadas, em grande parte, pela velocidade com que as informações rodam pelo mundo atualmente. Há pouco mais de cinco anos, era praticamente impossível imaginar que uma música pudesse vazar para todo o mundo antes de seu lançamento oficial. Atualmente, isso é algo banal no mundo da música.

A indústria fonográfica mudou muito com a facilidade de distribuição, comercialização e divulgação. Isso criou novos serviços, novas demandas e, ao mesmo tempo, matou alguns dos antigos hábitos de consumo das ultimas décadas.

A evolução da indústria fonográfica

A evolução da indústria musical se mistura com a evolução das mídias e formatos de distribuição, desde os discos de vinil, passando pelo rádio, as fitas K7 e os CDs, até chegar ao MP3 (saiba mais detalhes sobre a história neste infográfico). Se antes, para fazer sucesso, era preciso estar dentro de uma gravadora influente, hoje só é preciso ser bom e, de alguma forma, cair no gosto do público.

Como tudo o que a web já mudou, na música não é diferente: o poder mudou de mãos e, agora, a tendência é que o público dite o que quer ver ou ouvir, e não o contrário. Com isso, ocorreram mudanças na forma com que gravadores trabalham, o que também garantiu acesso de produtores independentes a um enorme público.

O fim dos álbuns

Mas qual foi o grande ponto de virada da indústria? Tudo começou ainda na década de 90, mais precisamente em 1998. Enquanto no Brasil os mais moderninhos usavam discmans (reprodutores portáteis de CDs) para ouvir suas músicas, na Coreia do Sul a Saehan criava o primeiro aparelho para reprodução de MP3.

A portabilidade aliada ao fácil acesso às músicas era a chave para toda uma revolução. Enquanto os CDs exigiam meses de espera para seu lançamento e os discos tinham preços nada camaradas, o MP3 poderia ser baixado em alguns minutos.

Em 2001, o “boom” da mobilidade explodiu. Steve Jobs anunciava o que viria a ser a maior febre da década: o iPod. Ele foi apresentado apenas alguns meses após o lançamento do iTunes, a loja da marca que permite comprar músicas em formato digital.

A inovação estava na velocidade, na comodidade e na economia: sem precisar sair de casa e sem a necessidade de fazer a compra de álbuns inteiros, você poderia curtir suas músicas preferidas, algo nunca imaginado antes.

Os lançamentos saíram das rádios e foram parar na tela do computador. Para ouvir suas músicas no carro ou na hora da ginástica, não era mais necessário comprar discos ou ficar esperando em frente ao rádio para gravar fitas. Com poucos cliques, tudo passou a caber em seu bolso.